O
futebol está, quanto a mim, cada vez a ficar mais igual, salvo as respectivas
diferenças culturais existentes em cada futebol, está cada vez a ficar mais
estandardizado.
As
equipas dedicam cada vez mais tempo, das suas sessões de treino, a treinar os
aspectos físicos e técnicos do jogo. Hoje, o treino físico já não encerra
grandes segredos, pois à velocidade que a informação se propaga e num meio em
que os seus técnicos dão tamanha importância ao treino destes aspectos, todos
eles têm acesso a esta informação aplicando esta tipo “receita” nas suas
sessões de treino.
Júlio Garganta refere
que tem havido uma grande aposta no treino do Hardware e pouco ou nada do Software,
esta maior incidência nos aspectos físicos e técnicos vai levar a que os jogo
se torne mais idêntico.
A
aposta no meu entender, deveria ir cada vez mais de encontro com os aspectos
cognitivos, atencionais e decisionais do jogo. Durante um jogo de futebol os
futebolistas têm que estar atentos a um sem fim de aspectos como bola, posição
e acção dos colegas, aos adversários, baliza adversária e própria baliza, etc..
Devem decidir sobre pressão e em espaço físico e temporal, reduzido, logo o treino deve
ir no sentido de melhorar estes aspectos, não descorando como é lógico aspectos
físicos, técnicos, estratégico e claro a forma de jogar, mas antes criar
exercícios que desenvolvam quer o “hardware quer o software” em simultâneo.
Implica
portanto, que os técnicos tenham uma preparação anterior que lhes permita dominar
estes novos aspectos do treino, que não matem os seu jogadores com treinos
demasiado técnificados e sistematizado em unidades mais baixas (em idades mais
jovens).
Por
norma o treino que incide mais no físico e no técnico deve-se ao facto dos
técnicos procurarem controlar ao máximo o que se passa no jogo e dando menos
liberdade de decidir aos seus jogadores.
É
imperativo que o treino assuma uma corrente do treinar diferente da actual, que
se valorizem os aspectos cognitivos, atencionais e decisionais do jogo de modo a que tenhamos cada vez mais um futebol menos estandardizado.
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