O
futebol, como qualquer modalidade desportiva colectiva, na sua manifestação
apresenta padrões comuns que são próprios da modalidade, mas também pode
apresentar padrões de jogo individuais e únicos.
Os
padrões de jogo individuais de cada equipa dizem respeito ao tipo de treino a
que esta é sujeita, treino este que, em princípio, reflectirá a imagem do seu
treinador e as ideias de jogo que possui.
O
padrão de jogo que cada equipa apresenta pode ser adquirido através da sistematização
(repetição) de conteúdos de treino ou da modelação táctica.
A
sistematização, como já escrevi num artigo anterior, perde consistência quanto
mais elevado for o nível em que as equipas competem pois o recurso a meios de
observação quer por vídeo quer no local, assim como o adequado tratamento da
mesma informação com recurso a programas informáticos oferecem-nos a
possibilidade de dissecar, ao máximo, os padrões de jogo da equipa que vamos
enfrentar, podendo mesmo antecipar as suas acções.
A
modelação táctica, é um conceito que como o próprio nome indica visa modelar. O
objectivo é, então, modelar princípios que sirvam de guias ou orientações para
os jogadores procurarem soluções em respeito por esses mesmos princípios. A
modelação táctica é por isso importante para que a equipa possa exprimir
determinados comportamentos ou tendências que vão de encontro ao que o
treinador quer ver materializado durante os vários momentos do jogo.
O
conceito de modelação faz sentido nos princípios, pois não se podem modelar os
fins, modelamos os princípios e aos fins pode-se chegar de várias formas.
Para
Júlio Garganta, treinar é modelar,
sendo esta uma questão central, pois é o treino que faz o jogo que por sua vez
justifica o treino.
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